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O declínio da fecundidade e a modificação do tamanho das famílias, na sociedade moderna atual, têm levantado questões concernentes à preferência reprodutiva e sua implementação. No entanto, poucos estudos atribuem a relevância merecida ao papel dos homens no que tange a esse aspecto, em grande parte devido à falta de dados, causada, por sua vez, pela escassez de marcos teóricos para seu estudo. Contudo, quando se trata de casais e formação familiar, a decisão de ter filho e de quando tê-lo implica uma resolução tanto do homem quanto da mulher. E é sabida a frequência com que ambos se divergem quanto ao número ideal de filhos; o que é pouco conhecido é o impacto que isso tem na parturição final e consequentemente na definição dos perfis reprodutivos no curto e médio prazos, principalmente se, como acontece em países como o Brasil, os padrões reprodutivos se distinguem nos diversos estratos socioeconômicos da população. Nesse sentido, esse trabalho busca realizar um estudo comparativo entre o número ideal de filhos para homens e mulheres casados formalmente, ou em união consensual, e férteis, a fim de entender como a preferência de cada um afeta a parturição final do casal, segundo uma caracterização socioeconômica. Para tanto, se recorrerá aos dados da PNDS de 1996, disponíveis para homens e mulheres. A análise será feita, primeiramente, relacionando o número ideal de filhos considerados por cada um dos membros do casal, segundo características socioeconômicas selecionadas. Em seguida, se verificará como a declaração desse número ideal, pelos cônjuges, afeta a parturição …