Este trabalho tem por objetivo contribuir para uma ampliação das discussões acerca da produção científica em Administração. Mais especificamente, a proposta aqui é a da inclusão de um outro critério de análise, que se somaria aos demais: a contraposição entre o método indutivo e o dedutivo. Para isso, é feita primeiramente uma revisão da literatura sobre epistemologia e método aplicados à Administração. Em seguida, o artigo centra-se na pesquisa realizada no Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Administração (Cepead). Uma amostra de 31 dissertações defendidas entre 1995 e 1999 foi analisada, possibilitando classificar este trabalhos em três categorias: indutivos, dedutivos e ambíguos. Os resultados obtidos permitem concluir que as dissertações do Cepead consideradas na pesquisa são predominantemente indutivas, principalmente aquelas pertencentes à linha de pesquisa de Organização e Recursos Humanos. Na linha de Mercadologia e Administração Estratégica, verificouse a predominância da ambigüidade, ou seja, da utilização tanto da indução como da dedução. Com base nestes resultados, o artigo conclui que, entre as dissertações analisadas, há uma forte presença do paradigma positivista e de uma visível fragmentação metodológica, evidenciada pelo caráter ambíguo de muitos dos trabalhos analisados.