A redemocratização brasileira trouxe consigo um importante vetor de pressão social por mais transparência, controle social e participação da sociedade em relação às ações e decisões governamentais (RIBEIRO, 2009). Essa pressão, mais que um movimento linear e consensual, é um objeto de disputa na sociedade. Organizações da sociedade civil, órgãos de controle externo dos governos, agentes públicos e interesses privados agem e reagem em um ambiente em que os governos tendem a ser pressionados para proverem um volume mais amplo de informações. Novas práticas de transparência têm sido instituídas em resposta a essa pressão.
O desenvolvimento das TICs (tecnologias de comunicação e informação), nas últimas décadas, vem trazendo novas possibilidades para a promoção da transparência. Com auxílio das TICs, como a Internet, a promoção da transparência pode ser potencializada, pois os meios eletrônicos permitem uma maior facilidade de acesso aos dados e informações da Administração Pública. As possibilidades do uso das novas tecnologias pelos governos para a promoção da transparência, controle social e participação cidadã são apresentadas na literatura constantemente (PINHO, 2008; WELP, 2007; PRADO, LOUREIRO, 2006).