O presente artigo tem por objetivo demonstrar como a ação do Estado, enquanto formulador e implementador das políticas públicas na cidade do Rio de Janeiro e promotor do planejamento urbano propiciaram o surgimento e a expansão das favelas cariocas e de que maneira essas políticas, corroboraram o processo de segregação e controle nas e das favelas. A partir dessa perspectiva, pretende-se analisar os efeitos dessas políticas públicas específicas que incidiram nesses espaços, discutindo o real papel das UPPs nas favelas enquanto política pública de segurança ou de ordenamento social. Dessa forma, objetiva-se promover, por meio de revisão bibliográfica, uma análise a cerca da formação e desenvolvimento das favelas, buscando paralelamente, entender como as políticas públicas implementadas, norteadoras do planejamento urbano da cidade, consolidaram esse contexto social excludente que promove a retórica do sistema capitalista de apropriação e de uma globalização com efeitos perversos, mas também propicia condições adversas que fazem emergir contra movimentos articulados em redes, que objetivam resistir às investidas e ao controle do poder hegemônico.