A soja (Glycine max L. Merrill) é a mais importante leguminosa cultivada no mundo, sendo a principal commodity agrícola do Brasil. A expansão da cultura esta atrelada a diversos fatores, com destaque para a atuação dos melhoristas clássicos, somada ao advento da Biotecnologia e da Engenharia Genética, o que proporcionou significativas transformações no aumentando da produtividade, resistência a herbicidas, pragas e doenças, tornando a cultura rentável em diversos países. Atualmente, estima-se que a soja seja cultivada em 6% do total das terras aráveis do mundo, sendo que nos últimos anos a área cultivada com esta leguminosa vem aumentando devido a grande demanda no mercado nacional e internacional (HARTMAN et al., 2011). O primeiro grande desafio dos melhoristas na criação de genótipos adaptados às condições brasileiras foi o desenvolvimento de cultivares com período juvenil longo, o que proporcionou o cultivo rentável da cultura nas condições edafoclimáticas brasileiras, pois até então, os genótipos introduzidos no Brasil eram provenientes dos Estados Unidos da América, China e Japão, tendo estes genótipos características de cultivo em condições de dias longos, o que não permitia uma produção economicamente viável no país.