A ensilagem é um método de conservação de forragens úmidas em meio anaeróbio, através da atuação da microbiota epífita, sobretudo bactérias ácido láticas que produzem ácidos orgânicos (ácido lático) resultando no abaixamento do pH. Diferentes fatores como teor de matéria seca e carboidratos solúveis, conteúdo de substâncias tamponantes e principalmente, a composição microbiológica da forragem, podem alterar o produto final deste processo de ensilagem. A forragem ensilada pode favorecer o crescimento de diferentes tipos de microrganismos que podem ou não degradar o alimento, embora alguns procedimentos durante a ensilagem possam contribuir na redução de perdas oriundas de fermentações indesejáveis. Objetiva-se nesta revisão descrever os principais fatores que influenciam na produção de silagem e o desenvolvimento dos grupos microbianos que se desenvolvem no material ensilado. Os principais microrganismos encontrados na silagem são bactérias ácido láticas homo e heterofermentativas, bactérias ácido acético, enterobactérias, clostrídios, leveduras e fungos filamentosos. A atividade de cada microrganismo na massa de forragem depende das condições encontradas, como pH, teor de umidade e substratos fermentescíveis. Para a quantificação das populações de microrganismos na silagem. Embora apresente alguns resultados positivos para a produção animal, o uso de tecnologias relacionadas à microbiologia da silagem ainda deve ser bem mais estudado.