Não há outro caminho que não a colaboração!

ALN Silva - 2020 - SciELO Brasil
2020SciELO Brasil
Não há outro caminho que não a colaboração! Este é o principal desafio a ser enfrentado
pelo setor público na atualidade, segundo Robert Agranoff (2012). Nessa obra, que se
propõe teórico-prática, o cientista político envereda pelo campo da gestão pública
contemporânea, incorporando não só sua trajetória de pesquisas sobre relações
intergovernamentais, mas trazendo, também, uma importante contribuição da teoria de
redes e da própria administração de empresas. Seu principal argumento é que a gestão …
Não há outro caminho que não a colaboração! Este é o principal desafio a ser enfrentado pelo setor público na atualidade, segundo Robert Agranoff (2012). Nessa obra, que se propõe teórico-prática, o cientista político envereda pelo campo da gestão pública contemporânea, incorporando não só sua trajetória de pesquisas sobre relações intergovernamentais, mas trazendo, também, uma importante contribuição da teoria de redes e da própria administração de empresas. Seu principal argumento é que a gestão colaborativa se apresenta como a mais nova e emergente maneira de resolver problemas coletivos e, assim, de dar resolutividade às agências públicas diante das rápidas demandas que surgem no mundo globalizado e interativo.
O livro ancora-se na ideia de que há problemas tão intratáveis, tão difíceis de serem resolvidos, que os caminhos para enfrentálos são desconhecidos, complexos ou precisam da atuação de múltiplos atores, inclusive privados, para serem solucionados. O conceito de gestão colaborafiva surge, então, como uma definição teórico-prática para a compreensão do processo de gerir empreendimentos públicos–políticas ou programas–que preconizam atuação conjunta. Agranoff (2012) o descreve como sendo o processo de facilitar e operar recursos em arranjos multiorganizacionais para tratar problemas coletivos, cuja resolução não pode ocorrer pela atuação de organizações isoladamente. Trata-se de uma definição mais abrangente do que a perspectiva de governança colaborativa proposta por Ansell e Gash (2007), que, embora também enfatize a participação de distintos atores na gestão de políticas públicas, concebe apenas arranjos decisórios formais. Ao reunir elementos basilares da gestão colaborativa, o autor busca contribuir não apenas com o debate acadêmico, mas também ajudar gestores públicos a lidarem com os problemas que enfrentam em seu cotidiano. Tal objetivo emoldura a estrutura da narrativa e a própria linguagem adotada pelo autor, que opta por iniciar todos os 9 capítulos do livro com a apresentação de um caso concreto. Segundo Agranoff (2012, p. 1, tradução nossa),“o livro não deve ser lido como um manual de instruções, mas como um meio
SciELO Brasil
以上显示的是最相近的搜索结果。 查看全部搜索结果