Obesidade e resistência a insulina:" janela" para a disfunção miocárdica

M Liberman - Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2011 - SciELO Brasil
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2011SciELO Brasil
A obesidade é uma epidemia mundial 1, cuja prevalência aumenta progressivamente. As
implicações cardiovasculares e metabólicas da obesidade são múltiplas (especialmente o
diabete melito e a resistência a insulina) e podem ocorrer mesmo em fases precoces da
doença. Assim, o estudo publicado pela Dra. Ana Paula Lima-Leopoldo e cols. 2 avaliou os
efeitos da obesidade no desempenho miocárdico, investigando especificamente a variação
da concentração de cálcio extracelular, o efeito do potencial pós-pausa e a estimulação …
A obesidade é uma epidemia mundial 1, cuja prevalência aumenta progressivamente. As implicações cardiovasculares e metabólicas da obesidade são múltiplas (especialmente o diabete melito e a resistência a insulina) e podem ocorrer mesmo em fases precoces da doença. Assim, o estudo publicado pela Dra. Ana Paula Lima-Leopoldo e cols. 2 avaliou os efeitos da obesidade no desempenho miocárdico, investigando especificamente a variação da concentração de cálcio extracelular, o efeito do potencial pós-pausa e a estimulação beta-adrenérgica com isoproterenol, utilizando preparação de músculo papilar isolado de ratos Wistar submetidos a dieta hipercalórica (Ob) por 15 semanas, ou a dieta padrão (C).
De forma muito interessante, os animais Ob, apesar de não apresentarem aumento de peso corporal final, tiveram incremento da gordura corporal (96, 1%) e maior resistência a insulina após sobrecarga oral a glicose quando comparados aos ratos controles. Ainda, apesar de o desempenho do músculo papilar isolado ter sido semelhante entre os grupos em condições basais, houve comprometimento funcional do músculo papilar de ratos Ob quando exposto a concentrações progressivamente maiores de cálcio extracelular (2, 5 a 8 mM) e diante do efeito do potencial pós-pausa, demonstrado especialmente pela menor resposta da tensão máxima desenvolvida (TD) e pela menor velocidade máxima da variação de decréscimo da tensão desenvolvida (-dT/dt) em comparação aos C. Além disso, a estimulação beta-adrenérgica com isoproterenol diminuiu a velocidade máxima da variação positiva da tensão desenvolvida (+ dT/dt) em animais Ob versus C.
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