Neste texto debruçamo-nos sobre a questão da apresentação, ou representação, dos sujeitos em público e em privado. Começamos por identificar dois eixos conceptuais da dicotomia público/privado e a sua genealogia histórica: o eixo que tradicionalmente distingue aquilo que é comum ou colectivo daquilo que é pessoal; e o eixo que opõe o visível ou aberto, por um lado, ao fechado ou restrito, por outro. Procuramos, depois, reflectir acerca das formas de publicidade representativa que se foram produzindo ao longo de uma história marcada pela sucessão de instituições sociais e mediáticas, em que indagamos as reconfigurações da dicotomia entre público e privado ao nível da representação. A análise presta ainda particular atenção aos novos contextos da comunicação online e da repercussão dos sites de redes sociais nas formas de representação dos sujeitos. O texto culmina com uma reflexão acerca da plataforma Facebook e com a observação de alguns aspectos da representação aí praticada.