A indústria mineradora gera volumes imensos de rejeito no processo de beneficiamento do minério de ferro. Esse rejeito, comumente é acondicionado em barragens de contenção. Essas barragens, historicamente, apresentam riscos de ruptura devido a sua natureza, e, devido isso, medidas para reduzir o volume de lançamento nas mesmas se faz necessário. A grande dificuldade de reduzir esses volumes nas barragens é encontrar uma destinação com valor agregado que justifique os investimentos. Materiais argilosos quando calcinados podem apresentar atividade pozolânica com o cimento Portland contribuindo para melhoria de propriedades dos concretos e argamassas, principalmente durabilidade e resistência mecânica em idades avançadas, mas quando adicionados na condição sem calcinação podem impactar negativamente as propriedades mecânicas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a substituição do cimento Portland por 10, 20 e 30% em massa por rejeito do beneficiamento do minério de ferro. Para isso, o rejeito foi caracterizado, tratado mecanicamente por moagem e foram confeccionados corpos de prova de argamassa dentro dos parâmetros previstos pela NBR7215. Parte dos corpos de prova confeccionados com as diferentes proporções de cimento Portland e rejeito foram submetidos ensaio de compressão e parte submetidos a ataques com solução de ácido sulfúrico e absorção de água. Após os ataques os corpos de prova foram submetidos a microscopia eletrônica de varredura. Os resultados de microestrutura foram correlacionados com a durabilidade e foi possível concluir que as perdas de massa após o ataque ácido foram minimizadas, fato explicado pela microestrutura.