O artigo analisa a relação entre os riscos ambientais e de saúde no escopo do modelo de desenvolvimento social e econômico adotado pelos países centrais e periféricos. Enfatiza uma análise exploratória sobre os efeitos ambientais no estado de saúde dos indivíduos, considerando os aspectos macroeconômicos que contribuem para a consolidação dos paradigmas ambientais e da saúde, em um cenário global. Nesse contexto, busca colocar em tela os principais paradoxos sobre a temática, abordando aspectos relativos às iniqüidades existentes neste cenário, numa tentativa de identificar os efeitos (diretos e indiretos) decorrentes das desigualdades econômicas e sociais, sobretudo em espaços urbanos. Aponta essas evidências na análise da situação diagnosticada no Brasil, buscando mostrar os impactos gerados pelo modelo de desenvolvimento aqui adotado e a conseqüente geração de riscos ambientais e de saúde à população, bem como a resposta adotada pelo sistema público de saúde.