No decorrer de toda a história da urbanização observa-se a ligação das cidades com os cursos fluviais. Nos primeiros agrupamentos urbanos, a população utilizava essa água tanto para consumo e hábitos de higiene quanto para a evacuação de dejetos. A disponibilidade da água compunha um importante insumo para atividades agrícolas e artesanais, ao mesmo tempo em que favorecia as comunicações e o comércio, assim como possibilitava a navegação pelos cursos d’água.
À medida que as cidades se expandiram, em geral, ocorreram os seguintes impactos: impermeabilização das superfícies, aumento das vazões máximas, provocando aumento da capacidade de escoamento através de condutos e canais; degradação da qualidade da água, devido à lavagem das ruas, a transporte de material sólido e às ligações clandestinas de esgoto sanitário na rede pluvial; aumento da produção de sedimentos devido à desproteção das superfícies do solo e ao carreamento de resíduos sólidos.