Este trabalho teve como objetivo avaliar a redução da concentração de urânio em área de drenagem ácida de mina. O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo e há grande quantidade de rejeitos acumulados contendo íons metálicos, semimetálicos e radiotóxicos. O método utilizado neste estudo para remover urânio foi a biossorção mediante a aplicação de biomassas brasileiras. Os efluentes aplicados foram coletados na mina Osamu Utsumi, que pertence às Indústrias Nucleares do Brasil e os biossorventes empregados nos ensaios foram cascas de banana, semente de moringa e borra de café. A decomposição térmica, a porosimetria de adsorção de nitrogênio e a microscopia eletrônica de varredura (MEV) foram realizadas para caracterizar fisicamente os biossorventes. A partir dos resultados obtidos, observou-se que os biossorventes com maior área de superfície e maior volume de poros resultaram em maiores valores de eficiência de remoção, com uma ordem crescente desses parâmetros: cascas de banana< borra de café< sementes de moringa. Considerando as amostras de efluentes com concentração de urânio de 6 mg L-1, as sementes de moringa apresentaram remoção de aproximadamente 87%, enquanto a borra de café e cascas de banana apresentaram remoção de 74 e 56%, respectivamente.