O objetivo do artigo é explorar variáveis possivelmente associadas à propensão a participar de ações de cooperação por parte de micro e pequenas empresas do turismo. Foram selecionadas sete variáveis a partir da literatura: (1) atividade principal, (2) faturamento, (3) formalização do empreendimento, (4) localização, (5) consolidação da empresa, no que diz respeito a sua idade e número de funcionários, (6) qualificação e (7) participação em conflitos. O estudo empírico foi realizado com 209 MPE localizadas em três estados brasileiros (Ceará, Piauí e Maranhão). Valendo-se de uma abordagem quantitativa multivariada, aplicou-se um questionário estruturado e a técnica de regressão logística para a análise estatística dos dados. Os efeitos apurados mostram que, na realidade investigada, as MPE que apresentam menos propensão a cooperar com outras empresas do turismo da cidade são as mais antigas e do setor de alimentação. Por outro lado, as empresas que mais tendem a cooperar são as formais e que participaram de cursos de qualificação. Não há indícios de que as demais variáveis analisadas tenham influência sobre a propensão a cooperar.