É um prazer e um bom desafio, homenagear alguém que por sua postura acadêmica, ética e pessoal, tem o hábito de prestar homenagens. Foi com Cornelia Eckert, minha orientadora no mestrado em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAS/UFRGS), que aprendi a importância da valorização daqueles que nos antecedem e fazem parte, coletivamente, da construção do conhecimento.“As coisas não caem do céu para nenhum de nós pesquisadores” e “tudo tem escola” são algumas das frases de Cornelia que expressam a procura por esse pertencimento. Este texto é, portanto, um pequeno tributo afetivo a essa linhagem intelectual e ao papel formador que Cornelia teve em minha trajetória. Com isso quero dizer que vibram os aprendizados de muitos outros e outras aprendizes da mestra, ao longo de quase 30 anos. 1
Nos diversos artigos, livros e demais produções desta antropóloga, professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS, muitos dos quais em parceria com Ana Luiza Carvalho da Rocha e com diversos orientandos/as e alunos/as, se ressalta a valorização de um trajeto compartilhado e dialógico. Por essa profícua e vasta produção, Cornelia tem sido reconhecida como referência nacional e internacional nos campos de estudo da Antropologia Urbana e Visual, como mostra, por exemplo, o prêmio recentemente criado que leva seu nome. 2