A Corrente do Brasil (CB) flui ao largo do Sudeste Brasileiro desenvolvendo largos meandros de amplitudes finitas. Estas estruturas são observadas nas vizinhanças do Cabo de São Tomé ('22 GRAUS'S), ao sul de Cabo Frio ('23 GRAUS'S) e ao largo da Bacia de Santos ('25 GRAUS'S). Estes meandros, ciclônicos, em geral, se fecham em vórtices, e são reabsorvidos ou emitidos, pela CB. Estes vórtices têm sido alvo de investigações, pois acredita-se que colaboram na intrusão da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) na região da quebra de plataforma continental. Os mecanismos dinâmicos responsáveis pelos meandramentos observados desde o Cabo de São Tomé até o Cabo de Santa Marta Grande ('28 GRAUS'S) são objetos de investigação da presente dissertação. O problema é tratado, basicamente, a partir de modelagem. Para tanto, são realizados experimentos utilizando-se do Modelo Oceânico da Universidade de Princeton (POM). É investigado o papel da interação do sistema de corrente formado pela Corrente de Contorno Oeste Intermediária (CCOI), e a CB. São avaliadas a influência dos efeitos topográficos e da orientação da costa continental no processo de meandramento. Os resultados indicam que os meandramentos decorrem da combinação entre a influência da orientação da costa e batimetria, fornecendo o gatilho para o começo do processo de meandramento. Por outro lado, a instabilidade baroclínica é o mecanismo responsável pelo crescimento temporal primário dos meandros, no Sudeste Brasileiro