A pandemia causada pelo novo coronavírus impactou vários aspectos na sociedade, exigindo mudanças de hábitos e adoção de medidas preventivas para reduzir a dispersão do vírus. No ensino, instituições se adequaram rapidamente a esta nova realidade, oferecendo um novo modelo de ensino para proporcionar continuidade às atividades antes realizadas presencialmente. A implementação do Ensino Remoto Emergencial modificou o modo de ensinar e aprender, de modo que alunos e professores precisaram se adaptar às mudanças. Neste contexto, impactos na aprendizagem e desempenho acadêmico de alunos cursando graduação em engenharia em universidades públicas do estado de São Paulo foram avaliados através de respostas coletadas via formulário online. Os alunos foram questionados a respeito do uso de equipamentos e internet para a realização das atividades não presenciais, locais de estudos, abordagens utilizadas pelos docentes, problemas de concentração e aprendizagem, dentre outros aspectos comentados ao longo do artigo. De modo geral, os respondentes alegaram preferir aulas presenciais, relatando dificuldades durante a realização das atividades remotas, como problemas técnicos e de concentração, além de considerarem inferior sua aprendizagem no ensino remoto, em comparação ao ensino presencial. Contudo, embora haja essa insatisfação, uma parcela dos estudantes de engenharia avaliou o ensino não presencial como satisfatório, reconhecendo sua importância no momento. Além disso, estes alunos consideraram benéfico para a aprendizagem a implementação futura do ensino híbrido planejado, com atividades presenciais e não presenciais, fazendo refletir sobre os ganhos que esta experiência com o ensino remoto está proporcionando a todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.