A inserção ecológica pressupõe um envolvimento contínuo do pesquisador com os participantes no contexto em que a investigação ocorre. Contudo, em algumas pesquisas de campo há problemas operacionais inerentes que dificultam o contato ininterrupto do pesquisador e que se configuram como um desafio metodológico. O presente artigo apresenta as estratégias utilizadas para a “inserção ecológica” de um grupo de pesquisadores em um contexto ribeirinho amazônico na ilha do Marajó. Serão especialmente discutidos os seguintes aspectos: a) a formação da equipe de pesquisadores e a construção coletiva do conhecimento; b) o contato com informante, o seu papel e a descrição de uma estratégia de coleta de dados através da técnica de fotografias ec) a utilização do inventário sociodemográfico (ISD) como elemento de coleta e de inserção ecológica.