As leishmanioses são doenças zoonóticas de transmissão vetorial, sendo consideradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um importante problema de saúde pública mundial. Representam um complexo de doenças com importante espectro clínico e 1-3 diversidade epidemiológica. A OMS estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco, com registro aproximado de 2 milhões de novos casos de diferentes formas clínicas. Atualmente, a doença afeta 88 países e há estimativa de prevalência de 14 milhões casos e 59 mil óbitos, número que, no caso de doenças parasitárias, só é superado pelas 2, 3 mortes causadas por malária. As leishmanioses apresentam-se basicamente em duas formas clínicas diferentes (a forma cutâneo-mucosa e a forma visceralizante), afetando órgãos como fígado, baço, 4, 5, 2, 3 linfonodos e intestinos. Esta última refere-se à manifestação clínica mais grave que, quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode cursar para o óbito em 5, 6 até 90% dos casos. No continente americano, exceto na América do Norte, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) é causada por 11 espécies de leishmânias: Leishmania (Viannia) braziliensis, L.(V.) peruviana, L.(V.) guyanensis, L.(V.) panamensis, L.(V.) lainsoni, L.(V.) naiffi, L.(V.) shawi, L.(Leishmania.) mexicana, L.(L.) amazonensis,