Em 1994, em um artigo seminal de Doran e Parkin, a qualidade do solo foi definida como a capacidade de um solo de funcionar dentro dos limites dos ecossistemas para sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade ambiental e promover a saúde das plantas e dos animais (Doran e Parkin 1994). O estudo da qualidade do solo integra fatores físicos, químicos e biológicos, aos quais definem o potencial de capacidade do solo em manter a sustentabilidade da produção mundial de alimentos. Essa capacidade é dependente do manejo empregado, que influência direta e indiretamente a qualidade do solo.

Atualmente, diversas pesquisas almejam compreender o protagonismo dos organismos vivos habitantes do solo na construção e manutenção da qualidade do solo. Assim, metodologias para a avaliação de indicadores biológicos da qualidade do solo estão sendo cada vez mais empregadas, principalmente pelo fato que a biota do solo desempenha papel fundamental em diversos processos ecossistêmicos (ciclagem de nutrientes, fluxo de energia) que ocorrem no solo. Contudo, poucos são os livros que conglomeram resultados de pesquisas experimentais que possam indicar e orientar nas decisões de práticas agrícolas que corroborem com um adequado manejo da qualidade biológica do solo e na manutenção de sua capacidade de produção de fibras, forragem e alimentos.