Que motivos levam profissionais de saúde a cuidarem da formação das novas gerações, em paralelo com a prestação de serviços, muitas vezes em condições bastante aquém do desejável? Como os sistemas públicos de saúde devem atuar para valorizar e capacitar essas pessoas, dividindo recursos com as atividades assistenciais? Como enfrentar as tensões entre teoria e prática na construção de novas relações entre ensino e serviços? Qual a contribuição das residências para a qualidade do cuidado? Muitas perguntas se colocam, e ainda são poucos os dados disponíveis no Brasil. Nossos resultados retratam importantes avanços obtidos nos últimos anos, e também refletem riscos embutidos na situação de crise econômica e contenção de recursos. Contribuirão, esperamos, para inspirar esforços na direção da profissionalização do ensino em serviços, com tudo que enseja em termos de aprimoramento das condições de ensino e fortalecimento dos vínculos de trabalho.