A busca por um material restaurador adesivo às estruturas dentárias reflete-se na constante introdução de novos produtos no mercado odontológico. Embora essa renovação freqüente de produtos seja uma conseqüência da evolução tecnológica e aprimoramento dos conhecimentos, apresenta-se também como um desafio aos profissionais que se encarregam de avaliar esses produtos. A velocidade de produção de dados analíticos relevantes, principalmente clínicos, nem sempre acompanha a velocidade de renovação e substituição dos produtos. Os trabalhos clínicos consomem um maior tempo para que os resultados sejam estabelecidos e demandam uma análise mais complexa de fatores associados. Não é incomum encontrarmos relatos de estudos clínicos que empregam materiais não disponíveis no mercado no momento da publicação do estudo. Os estudos laboratoriais são imediatos, porém, não são completos e não permitem uma avaliação global e respectiva extrapolação direta para a previsão do comportamento clínico dos materiais. Os testes mecânicos laboratoriais empregados para a avaliação da união de sistemas adesivos à estrutura dentária, geralmente, se fundamentam na aplicação de forças de deslocamento sobre a união, na tentativa de simular os mesmos esforços sofridos pela restauração durante sua função no meio bucal. As forças e tensões exercidas sobre os dentes e restaurações na clínica são, entretanto, de natureza complexa, portanto, nenhum teste simula adequadamente as forças intrabucais15. Dentro desse contexto, a previsão da performance clínica de materiais, baseada nas suas propriedades, parece ser uma missão complexa, senão impossível. Retief15 (1991) considera, entretanto, que a avaliação laboratorial de sistemas adesivos é importante para uma análise prévia da necessidade e até da