Objetivo: Avaliar o conhecimento e sobrecarga de pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Materiais e Métodos: Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado, com 32 questões divididas em cinco domínios e da escala de Zarit reduzida.
Resultados: Foram avaliadas 20 mães. Em geral, no momento do diagnóstico, essas mães não tinham conhecimento sobre TEA e atualmente apresentam interesse de ampliar seus conhecimentos. Uma sobrecarga moderada e grave foi observada na maioria das mães, resultado que não teve correlação com a idade da mãe, idade da criança na identificação dos primeiros sinais de TEA, nível de conhecimento materno, idade da criança no diagnóstico e tempo de diagnóstico. Correlações positivas foram observadas entre a dificuldade de fixação do olhar como um dos primeiros sinais de TEA e a idade de diagnóstico.
Discussão: Apesar da sobrecarga identificada nas avaliadas, a ausência de correlação com as variáveis analisadas pode estar associada ao caráter multidimensional dessa sobrecarga.
Conclusão: Após o diagnóstico, pais de crianças com TEA têm interesse de ampliar seus conhecimentos sobre o transtorno. A sobrecarga dos cuidadores deve ser discutida diante de suas possíveis consequências não apenas para os cuidadores como para as crianças.